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CARIMBÓ

Criado no século XVII por negros africanos do nordeste do Pará e com influências indígena e ibérica, o carimbó é uma das mais tradicionais expressões culturais do estado do Pará e da região amazônica brasileira. Apesar de a manifestação cultural ter se originado entre os escravos, o nome carimbó tem origem indígena. Vem do tupi korimbó (pau que produz som), junção de curi (pau oco) e m'bó (furado, escavado). Hoje, a expressão carimbó é utilizada majoritariamente como referência à expressão que envolve festa, música e coreografia características e tradicionalmente reproduzidas no nordeste paraense. Os temas das canções, em geral, são alusivos a elementos da fauna e da flora da região, ao dia a dia do trabalho e às práticas cotidianas.

 

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ARTE KUSIWA - PINTURA PRODUZIDA PELOS ÍNDIOS WAJÃPI DO AMAPÁ

Os Wajãpi do Amapá são, atualmente, 670 pessoas, distribuídas entre 48 aldeias. A tradição gráfica que os Wajãpi do Amapá denominam kusiwa aplica-se à decoração de corpos e objetos, envolvendo técnicas e habilidades diversificadas, como o desenho, o entalhe, o trançado, a tecelagem etc. Sua função principal, no entanto, vai muito além deste uso decorativo, pois o manejo do repertório de padrões gráficos é um prisma que reflete, de forma sintética e eficaz, a cosmologia deste grupo, suas crenças religiosas e práticas xamânicas.

 

 

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FREVO

O frevo é uma expressão artística brasileira ímpar. Ele representa a riqueza da criatividade e da cultura que surge da combinação de música, dança, capoeira e artesanato, entre outros, demonstrando o talento criativo de seus praticantes. Seu ritmo vivo, frenético e vigoroso surge da fusão de vários gêneros musicais, como a marcha, a quadrilha, a polca e peças do repertório clássico.Os passos que acompanham o ritmo têm suas origens no talento e na agilidade dos lutadores de capoeira que improvisavam saltos e outros movimentos ao som das bandas de metal e orquestras.

 

 

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OFÍCIO DAS BAIANAS DO ACARAJÉ

O acarajé é  uma iguaria de origem africana, vinda com os escravos na colonização do Brasil. Hoje está plenamente incorporado à cultura brasileira. É alimento do dia-a-dia – comida de rua – em Salvador e em tantas outras cidades, vendido com acompanhamentos como a pimenta, o camarão, o vatapá e, às vezes, molho de cebola e tomate.... Também tem sentido religioso, é comida de santo nos terreiros de candomblé. É o bolinho de fogo ofertado puro, sem recheios, a Iansã e Xangô... e cheio de significados nos mitos e ritos do universo cultural afro-brasileiro. Pela tradição que se afirmou ao longo de séculos quem faz o acarajé é a mulher, a filha de santo quando para uma obrigação, ou a baiana de acarajé quando para vender na rua.

 

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OFÍCIO DAS PANELEIRAS DE GOIABEIRAS

A fabricação artesanal de panelas de barro em Goiabeiras Velha, Vitória do Espírito Santo, é uma atividade eminentemente feminina e constitui um saber repassado de mãe para filha por gerações sucessivas. É também o meio de vida de mais de 120 famílias, muitas das quais aparentadas entre si. Utiliza-se da técnica cerâmica de origem indígena, possivelmente das tradições Tupi-Guarani e Una, caracterizada pela modelagem manual, queima a céu aberto e aplicação de tintura de tanino. A produção das panelas de barro emprega matérias-primas provenientes do meio natural: a argila é retirada de um barreiro no Vale do Mulembá, localizado na Ilha de Vitória e a casca de mangue vermelho, com que é feita a tintura de tanino, é coletada diretamente do manguezal. Á beira do qual Goiabeiras se desenvolveu.

 

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JONGO NO SUDESTE

Tambu, batuque, caxambu, jongo. Manifestação cultural afro-brasileira, o Jongo é uma forma de expressão que integra percussão de tambores, dança coletiva e elementos mágico-poéticos. Tem suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, sobretudo os de língua bantu.

É cantado e tocado de diversas formas, dependendo da comunidade que o pratica. Consolidou-se entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar localizadas no Sudeste brasileiro, principalmente no vale do Rio Paraíba do Sul. É um elemento de identidade e resistência cultural para várias comunidades e também espaço de manutenção, circulação e renovação do seu universo simbólico.

 

 

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TOQUE DOS SINOS E OFÍCIO DE SINEIRO EM MINAS GERAIS

O Toque dos Sinos em Minas Gerais constitui uma forma de expressão que associa os sinos, o espaço onde estão instalados – as torres-, os sineiros e a comunidade que os ouve em um processo de codificação e decodificação de mensagens há muito tempo transmitidas nas cidades de Minas Gerais.

A expressão dos sinos e seus toques compõem um conjunto complexo de badaladas, pancadas, repiques e dobres (todos nomeados e com estrutura formal precisa) e apresentam um alto grau de sofisticação em sua forma de execução.

PIB - Patrimônios Imateriais Brasileiros | 13 x 26 min  

Enraizado no cotidiano das comunidades, os patrimônios imateriais são transmitidos de geração em geração e constantemente recriado e apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos de sua identidade.

“Patrimônios Imateriais Brasileiros” é um programa de TV, que tem como tema, os patrimônios imateriais do Brasil: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições do nosso povo. A cada episódio, um patrimônio imaterial será investigado.

 

 

 

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SAMBA DE RODA DO RECÔNCAVO BAIANO

O Samba de Roda é um acontecimento popular festivo que combina música, dança e poesia. Surgiu no século XVII, na região do Recôncavo no Estado da Bahia, e vem das danças e tradições culturais dos escravos africanos da região. Além disso, contém elementos da cultura portuguesa, como a língua, a poesia e alguns instrumentos musicais. A dança congrega pessoas em ocasiões específicas, como as festas católicas populares e os cultos afro-brasileiros, mas às vezes também surge de forma espontânea.

 

 

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TAMBOR DE CRIOULA

No conjunto complexo e heterogêneo das manifestações culturais populares maranhenses, o Tambor de Crioula destaca-se como uma das modalidades mais difundidas e ativas no cotidiano. De modo geral, podemos defini-la como uma forma de expressão de matriz afro-brasileira que envolve dança circular, canto e percussão de tambores. Dela participam as “coreiras”, tocadores e cantadores, conduzidos pelo ritmo incessante dos tambores e o influxo das toadas evocadas, culminando na punga (ou umbigada) - movimento coreográfico no qual as dançarinas, num gesto entendido como saudação e convite, tocam o ventre umas das outras. O Tambor de Crioula é realizado sem local específico ou calendário pré-fixado e praticado especialmente em louvor a São Benedito.

 

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RODA DE CAPOEIRA

A Roda de Capoeira é um elemento estruturante de uma manifestação cultural, espaço e tempo, onde se expressam simultaneamente o canto, o toque dos instrumentos, a dança, os golpes, o jogo, a brincadeira, os símbolos e rituais de herança africana - notadamente banto - recriados no Brasil.

Profundamente ritualizada, a roda de capoeira congrega cantigas e movimentos que expressam uma visão de mundo, uma hierarquia e um código de ética que são compartilhados pelo grupo. Na roda de capoeira se batizam os iniciantes, se formam e se consagram os grandes mestres, se transmite e se reiteram práticas e valores afro-brasileiros.

 

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MODO DE FAZER VIOLA DE COCHO

Viola-de-cocho é um instrumento musical de forma e sonoridade sui generis produzido na região da bacia do Rio Paraguai – baixada cuiabana e adjacências – nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Destaca-se como um instrumento fundamental nos gêneros musicais cururu e siriri, cultivados, sobretudo, em manifestações culturais ligadas à religiosidade e à brincadeira. É produzida de modo artesanal e, tradicionalmente, com matérias-primas extraídas da natureza – da fauna e da flora do pantanal e do cerrado.

 

 

 

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RTIXÒKÒ: EXRESSÃO ARTÍSTICA E COSMOLÓGICA  DO POVO KARAJÁ

Mais do que objetos meramente lúdicos, as ritxòkò são consideradas representações culturais que comportam significados sociais profundos, reproduzindo o ordenamento sociocultural e familiar dos índios Karajá.

Com motivos mitológicos, de rituais, da vida cotidiana e da fauna, as bonecas karajá são importantes instrumentos de socialização das crianças que se veem nesses objetos e aprendem a ser Karajá, bem como os ensinamentos, as técnicas e saberes associados à sua confecção e usos.

 

 

 

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MODO DE FAZER QUEIJO MINAS

A produção artesanal do queijo de leite cru nas regiões serranas de Minas Gerais representa até hoje uma alternativa bem-sucedida de conservação e aproveitamento da produção leiteira regional, em áreas cuja geografia limita o escoamento dessa produção.

O modo artesanal de fazer queijo constitui um conhecimento tradicional e um traço marcante da identidade cultural dessas regiões. Cada uma delas forjou um modo de fazer próprio, expresso na forma de manipulação do leite, dos coalhos e das massas, na prensagem, no tempo de maturação (cura), conferindo a cada queijo aparência e sabor específicos.

 

 

 

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